terça-feira, 9 de março de 2010

Aquecimento Global: Mudanças no clima podem ser de responsabilidade humana

por Stênio Urbano

Aumento global da temperatura, aumento da umidade atmosférica e da precipitação; mudanças nos padrões de chuvas em regiões tropicais e nos pólos; aceleração do derretimento do gelo no Ártico e o aumento da salinidade do Oceano Atlântico.

Essas são algumas causas do aquecimento global, segundo o estudo do Wiley Interdisciplinary Reviews Climate Change Journal. Também, segundo os pesquisadores, esses fenômenos vêem ocorrendo principalmente pela ação do homem. Em 2007, um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), concluía que o homem é o principal agente causador das modificações no clima do planeta.

O que os pesquisadores do clima divergem é sobre a influência direta do homem. Pesquisador mossoroense Robson Porto, afirma que se deve ter cautela ao fazer afirmações como essas “a natureza também está em constante ciclo de transformações, foi assim na era glacial, e outros períodos de mudanças climáticas, tudo deve ser estudado com cautela’. De acordo com Porto, há vários estudos que analisam em detalhes as diversas disciplinas que mostram como o sistema climático está mudando.

Frutos mais duráveis

por Sara Angélica

Orientado pela professora Marta Araújo, doutora em ciências de alimentos, do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN – o projeto de pesquisa Fisiologia Pós-Colheita, está desenvolvendo métodos que permitam um aumento da vida útil de determinado fruto, no caso, o caju é o objeto do experimento durante os meses de janeiro à março de 2010.

O fruto é colhido e submetido a diferentes atmosferas modificadas. É colocado em uma seladora à vácuo programada para injetar uma determinada quantidade de CO2 e oxigênio diferente do ambiente atmosférico normal. Depois de 6 horas os pesquisadores verificam se a quantidade de açúcares, o teor de vitamina C, a acidez (PH ácido ou básico) e os sólidos solúveis foram alterados. Eles devem obedecer a um parâmetro comercial. E o resultado da pesquisa pode revelar métodos mais eficientes de conservação de frutas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Pesquisa aponta que esgotos são os principais agravantes da poluição do Rio Apodi-Mossoró

por Adriana Morais

Os altos índices de poluição do Rio Apodi-Mossoró são um problema preocupante, que se agrava a cada ano. Segundo o resultado de uma pesquisa desenvolvida pelo projeto Água Azul, do Governo do Estado os esgotos jogados no rio são aos principais fatores que aumentam esse problema. O estudo aponta que os esgotos, domésticos e industriais, elevam os índices de elementos químicos no rio. Além de descontrolar a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), comprometendo o índice de oxigênio para os seres vivos do rio. Para a pesquisadora Suely Leal, um trabalho de saneamento básico e um tratamento adequado dos esgotos, doméstico e industrial, são medidas que poderiam amenizar o problema da poluição. Contudo, os resultados da ação são de médio a longo prazo, devido ao alto teor de poluentes nas águas.

Valor máximo permitido por cada elemento: Fósforo 0,15 mg/l; Óleos e Graxas 0 mg/l*

Fonte Projeto Água Azul

Pesquisa avalia a situação dos cursos de contabilidade de Mossoró

por Higo Lima

Com o intuito de saber como se desenvolveu o ensino da contabilidade na cidade de Mossoró/RN, a aluna do curso de Ciências Contábeis da Uern, Shyrlei Cavalcante, seguiu da história contábil no Brasil, até chegar à realidade do ensino contábil em Mossoró, detectando sua evolução, seus sistemas educacionais, sua importância e atualidades. Ela diz que a instituição pioneira na área foi a Escola Técnica de Comércio União Caixeiral com o curso técnico. Em seguida, outras Instituições surgiram com também na categoria técnico. "Anos depois, com a amplitude dos negócios, ensino e alunos, foram implantados cursos superiores em Ciências Contábeis. UERN e a Faculdade Mater Christi oferecem o curso", descreve ela, ressaltando que os sistema educacional das duas estão a contento. "Observei que, ao longo dos anos, o curso tem se desenvolvido e proliferado na cidade para subsidiar as boas práticas contábeis e enriquecer a profissão".

Pesquisadores da UFERSA estudam e incentivam a produção de Spondias

por Elenilda Dias

imagens TV Mossoró

Projeto da prefeitura de Mossoró possibilita a participação de universitários


por Samara Sibelli

A Prefeitura Municipal de Mossoró, através da Gerência Executiva da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hídricos (GEARH), tem desenvolvido o projeto de uma clínica veterinária móvel de atendimento.

A medida faz parte das ações do Programa Municipal de Apoio à Cadeia Produtiva de Ovinocaprinocultura. (PROCAP), executado desde 1997. O principal objetivo do Bode Móvel, como é chamada a clínica, é fortalecer as atividades dos produtores rurais de pequeno e médio porte.

Para dar assistência aos criadores, o projeto tem o apoio da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), que disponibilizará alunos do curso de medicina veterinária para atuar nas comunidades. Os estudantes poderão, assim, pôr em prática seus conhecimentos ao orientar os proprietários em relação ao manejo, alimentação e higiene dos animais.

“A unidade deve começar a atuar ainda este mês. Uma equipe composta por técnicos de apoio e veterinários estará disponível para dar suporte técnico aos criadores”, foi o que disse Edson Oliveira, gerente da GEARH.

Fotos Elenilda Dias

Grupo de pesquisa da UERN quer identificar patologias genéticas e infecciosas

por Luis Carlos

A Faculdade de Ciências da Saúde (FACS) - UERN, criou um grupo de pesquisa, “Biologia e Epidemiologia de Doenças Infecciosas e Genéticas”. O objetivo é identificar as principais patologias genéticas e infecciosas.
Os Coordenadores são Thales Allyrio e o Prof. Doutor Wogelsanger Oliveira, que ensina na Faculdade de Medicina. O trabalho contribui para a divulgação científica. O projeto foi idealizado por que em Mossoró, até então, não havia nenhum grupo de pesquisa voltado para essa área. O crescimento urbano sem infra-estrutura, a ausência de uma política de controle e fiscalização ambiental, além das condições precárias de higiene, favorecem o aumento de doenças como dengue e calazar. Com base nessa constatação, a FACS está desenvolvendo parcerias com a UFRN com o objetivo de investigar e erradicar as chamadas “doenças emergentes” da região.

Mossoró em alerta: Endemia de Leishmaniose

por Maricélio Almeida

O número de casos de Leishmaniose aumentou em Mossoró nos últimos anos. A doença, conhecida como calazar, acometeu, segundo a médica veterinária Allani Medeiros do Centro de Zoonoses, 29 pessoas em 2008, 39 em 2009, e até hoje, há cinco casos confirmados em 2010. O crescimento da nossa cidade proporciona a propagação do mosquito transmissor da doença, o flebótomo. Ações de prevenção estão sendo desenvolvidas pelo Centro de Zoonoses de Mossoró, visitando as unidades de saúde, escolas e centro comunitários.

Entenda a doença

O que é?

Segundo o médico veterinário Zejamildo Medeiros, A leishmaniose é uma doença causada por parasitas que invadem e se reproduzem dentro das células da pessoa ou do cão infectado.

O que fazer após o diagnóstico?

Isolar o cão para que não sirva de retransmissor da doença. O sacrifício do animal não é a melhor solução.

Temperatura em Mossoró pode chegar a 40º centígrados neste mês

por Allan Erick

O calor excessivo se tornou uma queixa comum a praticamente todos os mossoroenses. Estudos do Met Office, centro de estudos Britânicos sobre o clima, sugerem que 2010 será o ano mais quente desde 1850. A alteração é resultado de uma combinação do fenômeno El Niño com o aquecimento global.

Segundo o meteorologista da UFERSA, José Espínola, março deverá registrar as temperaturas mais altas do ano. A previsão é que no período vespertino a variação de temperatura no centro fique em torno de 38 ºC a 40 ºC. "O crescimento vertical dificulta a ventilação e o asfalto absorve muito calor", diz.

De acordo com Espínola, nos locais mais ventilados, em áreas abertas e com sombra, a temperatura deverá variar de 36 ºC a 38 ºC nesse período. “A previsão é que as altas temperaturas, o clima seco e com pouca ventilação predominem até a consolidação das chuvas, até lá, o jeito é buscar alternativas para conter o calor, como ventiladores ou bebidas geladas", avisa.

Foto Danielly Marques

Arborização e catalogação de plantas na UERN

por Raylane Ferreira

Quem estuda, trabalha ou anda pela UERN, já reparou que há, em algumas árvores do Campus Central, numeração, nome científico e popular da espécie. Alunos de Biologia, Geografia e Gestão Ambiental da UERN, orientados pelo prof. Ramiro Gustavo e o técnico Ivanaldo Xavier, executam o Projeto de arborização e catalogação de plantas. O mesmo visa aumentar o número de árvores na UERN, identificando-as e acompanhando o desenvolvimento das mesmas.

No início da pesquisa registrou-se 123 árvores em toda universidade. Depois plantaram mais 559 mudas. Privilegiou-se espécies nativas como oiteiras e carnaúbas, por serem mais resistentes.

Segundo o técnico Ivanaldo, poluição sonora, clima e estacionamento melhoraram após as plantações. Na catalogação, alunos praticam o que aprendem em sala. O projeto tem ainda uma ação de longo prazo: criar novos acessos a UERN e mais estacionamentos com sombra.

A falta de verba inviabiliza essa etapa do projeto.

Antivírus: o melhor remédio!

por Sabatta Raquel

Os computadores, bem como o organismo humano, também podem ser atacados por vírus. Estes são softwares maliciosos que infectam o sistema, fazem réplicas de si mesmos e se espalham para outras máquinas.

Segundo Marcos Paulino, auxiliar técnico em informática, os vírus mais comuns são os Cavalos de Tróia e os Worms (vermes). São encontrados, geralmente, em sites de conteúdo impróprio para menores, em páginas que estimulam nossa curiosidade e links de aplicações. Algumas dessas pragas podem danificar seriamente o HD de um computador.

Para se prevenir, o antivírus é o único remédio. Existem programas que podem ser baixados gratuitamente pela internet. Além de instalar o programa, Marcos afirma que é necessário “manter as atualizações em dia e fazer verificações diárias excluindo os arquivos infectados”. E ainda adverte: “a internet é um mundo cheio de lugares bons e outros duvidosos”. Por isso, é importante ter cautela ao decidir onde navegar.

domingo, 7 de março de 2010

Benefícios e malefícios dos aguapés

por Sara Angélica

A presença dos aguapés, plantas aquáticas da família Pontederiaceae, em grande quantidade no rio Apodi-Mossoró, é um alerta para a população e para os órgãos públicos que deveriam manter um sistema de saneamento básico eficiente e que levasse para longe do rio a água suja de esgotos domésticos e industriais. Unidas, essas plantas filtram a poluição da água e acabam absorvendo nutrientes e poluentes, inclusive metais pesados. Esse é o lado bom da presença do aguapé: a limpeza do rio. Mas se elas continuarem presentes no rio tomando grandes proporções, causarão mais malefícios do que benefícios. Impedirão a passagem de luz e o processo de fotossíntese e respiração. Além disso, quando passarem a entrar em decomposição, devolverão à água todos os poluentes e ainda causarão um mau cheiro comparável à ovo podre, é o gás sulfídrico e metano que começa a se formar por causa da decomposição da matéria orgânica.

Alta concentração de metais no rio Apodi-Mossoró

por Sara Angélica

O rio Apodi-Mossoró banha cerca de dez municípios do estado do Rio Grande do Norte. Em muitos trechos, a população ribeirinha depende exclusivamente dessa água para sobreviver. Ela mata a sede humana e animal, além de possibilitar a pesca. No entanto, um grande perigo pode estar escondido nessa água. De acordo com as últimas amostras sedimentares, aquáticas e vegetais colhidas em abril de 2009 pelo Laboratório de Química da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, de 18 metais pesquisados, apenas 2 não estavam presentes: o lítio e o cromo. Mas os outros 16, incluindo chumbo, zinco, cobre e potássio, se apresentam em altas concentrações principalmente no período de estiagem. Segundo o aluno Pedro Henrique Costa, bolsista do projeto de manutenção do rio, “esses metais podem chegar ao organismo humano por meio do consumo da água ou de peixes e causar algum tipo de câncer”.


“O problema é que somos extremamente amadores”

Entrevista com o vice-reitor Aécio Cândido
por Lenilson Freitas

In Vivo - Qual a sua avaliação da política de investimento em pesquisas na UERN?

AC - Eu acho que há um saldo muito positivo porque quando estávamos na Pró-reitoria em 1997 havia uns 4 doutores, não mais do que isso. E algumas poucas dezenas de mestres também. Era uma atividade praticamente inexistente. Não havia pesquisa institucionalizada. Começou-se a incentivar a ida de professores a mestrados e doutorados, financiamentos de bolsas. Isso fez com que formássemos muitos doutores e mestres. Eu acho que essa política tem se transformado em coisas palpáveis na UERN.

In Vivo - Como você avalia a política institucional de divulgação cientifica na Uern?

AC - Eu diria que embora reconheça nosso avanço na pesquisa, nós ainda não conseguimos instituir dentro da UERN a cultura do ARTIGO. Aquela pesquisa que pode ser publicado em boas revistas. É um dos pontos fracos não diria só da UERN, mas também do Brasil de uma forma geral. O problema é que somos extremamente amadores. As revistas nascem, mas não são gerenciadas de uma forma em que o mundo científico vê com simpatia. Muitas vezes, o corpo editorial é “doméstico”. Temos que ver que não basta ter uma revista mais, é preciso ter reconhecimento na comunidade cientifica.

In Vivo - A UERN possui revistas científicas?

AC - Nós temos um volume considerável de produção cientifica vinculada, mas não dentro da UERN. Dentro da UERN, temos a Revista Expressão, mas que tem tido um problema de sério de periodicidade. A revista Contexto, da FAFIC, que teve um primeiro número em 97/98 e um segundo em 2006/2007. Mas também não existe uma periodicidade correta. Alem disso temos uma Revista do Campus de Caicó, ligada ao Curso de Filosofia.

In Vivo - Na sua opinião a UERN ainda se mostra como uma das principais instituições regionais? Ou ela já perdeu esse posto para a Universidade Federal Rural do Semiarido?

AC - Eu não veria dessa forma. O que está acontecendo é um fenômeno das universidades como um todo, que é o fenômeno da “verticalização”. Isso significa que a Universidade precisa desenvolver a produção cientifica não apenas no discurso dos professores, na retórica, mas efetivamente desenvolver pesquisa com resultados e publicação. Como consequência a criação dos curos de pós-graduação. Isso implica em novas práticas, em novas mentalidades. A Ufersa está num sistema federal em expansão e com recursos pra se expandir. Enquanto nós estamos financiados pelo tesouro estadual, e por isso nossa capacidade de expansão é mais restrita.

In Vivo - Como você vê a UERN daqui há dez anos?

AC - Vejo de forma otimista, embora não me impeça de ser critico em alguns aspectos. Eu vejo nosso amadurecimento na pesquisa. Um caminho que se iniciou e tende a melhora. Como somos uma universidade voltada para a área de ciências humanas e sociais, precisamos melhorar bastante. Mas isso se explica porque a área de ciências naturais tem mais tradição, e possui métodos que levam mais clareza aos resultados. Os métodos nas ciências sociais são motivos de discussões e debates constitutivos. A universidade continuará a formar novos doutores, onde a tendência é que se organizem em torno de grupos, e com clareza nos temas de pesquisa. Acho quem daqui há dez nós estaremos produzindo mais e ciência e com qualidade.

Fonte de água pode conter substância curativa

por Tony Cavalcante

Uma índia paiacú, chorou a morte do seu amado e as lágrimas fizeram brotar um pé de milho, que anos mais tarde seria arrancado por um caboclo da região, passando a jorrar água até hoje. Essa “lenda” é o começo da história do Olho D’água do Milho, que posteriormente foi motivo de curiosidade e estudo.

Em Julho de 1975, a fonte foi analisada pelo Instituto de Química do Rio de janeiro (IQ/UFRJ) atribuindo-lhe a qualidade de águas termais, com uma temperatura média de 35 graus. De acordo com o Dra. Velúsia Gurgel, as propriedades da água do Olho D’água do Milho por muitas vezes foram associadas à cura de doenças de pele. “Muitos pacientes já compartilharam comigo que banharam-se lá e ficaram curados bem mais rápido e sem manchas na pele” contou.

A pedagoga Marinalda de Oliveira atribui a cura do seu filho Samuel, a um banho na fonte do Olho D’água do Milho. “Ele estava com catapora e um dia após termos ido à fonte todas as marcas na pele estavam cicatrizadas e não ficou mancha nenhuma”, afirmou. Descoberta em 05 de abril de 1717 as águas do Olho D’água do milho deságuam entre o conhecimento científico e o popular.

sábado, 6 de março de 2010

Encontro da SBPC será realizado no próximo mês em Mossoró

por Jucilene Mendes

Nos dias 14 a 16 de abril deste ano, Mossoró sediará a Reunião Regional da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). Com o tema “Água e Desenvolvimento no Semiárido”, o encontro será realizado nos Campi da UFERSA e da UERN. No mesmo período, de forma paralela a reunião, também será realizado a 16ª edição do Encontro de Pesquisa e Extensão (ENCOPE) da UERN.

As inscrições para o evento acontecem até o dia 02/04, no site da SBPC (http://www.sbpcnet.org.br/mossoro/home/) e custa R$ 15,00. Cada participante ainda pode participar de um dos vários minicursos que serão ministrados durante o evento.

As apresentações do Encope serão realizadas no período noturno, das 19:00 às 22:00 horas, apresentações orais e de painéis, divididas em quatro pavilhões temáticos: Meio Ambiente, Agrárias e Saúde; Educação, Cidadania e Gestão; Cultura e Comunicação; Ciência, Tecnologia e Produção.

Mais informações podem ser encontradas nos sites da SBPC (http://www.sbpcnet.org.br/mossoro/home/) e no site do Encope (http://www.uern.br/encope/).

Planta nativa do semi-árido possui ação antimicrobiana


por Jucilene Mendes e Elenilda Dias

Um projeto coordenado pela professora Drª Cynthia Cavalcanti, do curso de Ciências Biológicas da UERN, com o apoio das alunas Maria Jocileide e Marciana Bizerra, estudou o Alecrim da Chapada (Lippia gracilis Schauer), planta do território semi-árido que produz em sua folha um óleo essencial de atividade antimicrobiana. O óleo é extraído das tricomas (células parecidas com pêlos onde o líquido fica armazenado) e pode ser usado na fabricação de medicamentos dermatológicos e de produtos higiênicos, como creme dental e sabonete.

O estudo comprovou que o uso do ácido jasmônico (substância produzida para a defesa natural da planta) aumenta a produção de tricomas. Uma outra pesquisa deve avaliar se mais tricomas produzem mais óleo.

“Produtos derivados do óleo da Lippia ainda não foram desenvolvidos”, conta a coordenadora do projeto. “Mesmo que a indústria manifeste interesse na produção do óleo, o uso desses produtos por humanos ainda depende de uma ampla pesquisa”, completa. Mas isso não minimiza a importância da descoberta do potencial das espécies naturais do semi-árido como uma alternativa para a economia do Estado. No Rio Grande do Norte o arbusto é encontrado na cidade de Felipe Guerra.

Fotos Elenilda Dias

sexta-feira, 5 de março de 2010

Mossoró registra 200 casos de tuberculose por ano


Especialistas alertam para os casos de tuberculose em Mossoró

por William Robson

Os especialistas que atuam em ações de controle da tuberculose alertam para uma atenção especial em Mossoró. Os casos aumentaram, a ponto de levar as autoridades de saúde a avaliarem o quadro na cidade e seu tratamento. Estatísticas mostram que 200 casos de tuberculose são registrados por ano em Mossoró, uma média de 16 por mês. Só este ano foram registrados 90 casos. A enfermeira Elizabeth Oliveira, que chegou a ser responsável pelo programa de combate à doença na cidade e é especialista no tema, disse que não se trata de um número alto, se comparado ao de outros Estados.

No entanto, para uma doença que está, em média, sob controle no Brasil, a situação chega a ser preocupante para as autoridades mossoroenses de saúde. “O quadro social, a falta de higiene e de cuidados para evitar o contágio são as principais razões para o aumento da doença em Mossoró”, disse.

Foto Raul Pereira